5 anos ago · Hugo Canão · 0 comments
Uma solução natural para a Hiperatividade e Défice de Atenção
Nesta
época do ano é comum que muitos pais venham a consulta, nas minhas clínicas,
relatar situações em que os filhos se deparam com distúrbios de atenção, baixo
rendimento escolar e uma consequente antipatia por tudo que é relacionado à
escola.
Perante o desejo de todos os pais, “Eu quero o melhor para o futuro do meu
filho!”, a sociedade atual encontra-se embebida, cada vez mais, em
soluções químicas, de forma a neutralizar a essência natural de uma criança.
Por vezes, independentemente do seu enquadramento socioeconómico ou até mesmo
do exemplo dos seus antepassados, existem barreiras que fazem condicionar o
natural desempenho de uma família dedicada à educação.
Face a esta dicotomia entre o desejar dos pais e a falta de concretização dos
filhos, por vezes, surge como opção a administração de complementos
de forma a auxiliar esse trajeto. Os mais comuns complexos vitamínicos
deram lugar a “pílulas douradas para a inteligência”, tais como a
Ritalina e o Concerta.
Para que fique esclarecido, estas medicações são usualmente prescritas para
tratar pacientes com Transtorno do Défice de Atenção e Hiperatividade (TDAH).
Os efeitos secundários mais comuns aliados ao seu consumo são a falta de
apetite, dor de cabeça, aperto no peito, taquicardias, insónia, aumento da
pressão arterial, tremores, sudorese excessiva, boca seca, surgimento de crises
de ansiedade, pânico ou surtos psicóticos.
Uma solução natural para a TDAH?!
Sim, existe e a Medicina Chinesa pode ajudar.
A interpretação mais inteligível deste conceito oriental, baseia-se numa
desarmonia entre órgãos, nomeadamente Fígado, Coração e Rim. Passo a
explicar. Para a medicina chinesa, a concentração, memória e atenção, dependem
do cérebro através de uma energia que vem do coração, o “shen”. Esta energia
acelera o fígado, criando agressividade, tiques, agitação e, em alguns casos,
pode também induzir colesterol, compulsão alimentar e excesso de peso.
Esta energia excessiva cardíaca/cerebral, resulta de uma falta de energia nos
rins. Cabe ao especialista em Medicina Chinesa harmonizar este desequilíbrio
através de pontos de acupuntura, previamente delineados em consulta de
diagnóstico individualizada nas particularidades do paciente, juntamente com a
administração imprescindível de fitoterapia (medicação natural), desprovida de
qualquer efeito secundário e que irá auxiliar de forma decisiva a colmatar este
défice.
Passemos a um caso clínico de uma das minhas clínicas:
Luís B., 13 anos, diagnosticado com Hiperatividade, veio a consulta acompanhado
com a mãe que se encontrava bastante preocupada. Problemas no desempenho
escolar e, por fim, agressividade com os colegas de escola, fez entender que
seria necessário um auxílio para a resolução do seu problema.
Ao fim de 8 sessões, 2 meses em tratamento, os episódios de agressividade
estavam inexistentes e, com o apoio da família, conseguiu recuperar as
disciplinas com baixo rendimento. Passados 4 meses, o jovem comunicou que
passou de ano sem qualquer nível negativo, tendo sido elogiado por toda a
equipa de professores face a uma mudança com tantos benefícios. Neste momento,
já ingressou no ensino secundário e, sempre que nos visita, enche-nos de
novidades e de novas vitórias, despedindo-se com um caloroso
agradecimento.
Nada melhor do que sentir que o jovem, quando reflete sobre o seu passado, nem
ele próprio se reconhece.
Não é demais relembrar que deve procurar profissionais devidamente credenciados
para o tratamento da sua saúde através das medicinas alternativas.
Hugo Canão
Especialista em Medicina Chinesa
Tags: hiperatividade Categories: Acupuntura, Medicina Tradicional Chinesa